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Coração com fibrilação atrialA fibrilação atrial é uma arritmia supraventricular das mais comuns, em que há desorganização da atividade elétrica atrial e perda da contração efetiva dos átrios. A incidência da fibrilação atrial aumenta com o envelhecimento e pode ou não se associar a doenças cardíacas estruturais. Até 6% das pessoas acima de 80 anos realiza o tratamento de fibrilação atrial e até 2050 há projeções de mais de 12 milhões de pessoas nos Estado Unidos terão essa arritmia.

Sabemos que em pacientes diabéticos, hipertensos e que possuem doença nas valvas, o desenvolvimento de fibrilação atrial foi mais frequente. Por isso, o tratamento de fibrilação atrial é importante e deve ser conduzido por um médico cardiologista experiente.

A seguir, o cardiologista Dr. Henrique Grinberg, que faz parte do corpo clínico dos principais hospitais de São Paulo, esclarece como tratar a fibrilação atrial.

Quais são os sintomas da fibrilação atrial?

  • Palpitações, sensação de taquicardia;
  • Falta de ar;
  • Cansaço excessivo;
  • Desconforto no tórax;
  • Dificuldade na realização de atividades físicas;
  • Fraqueza;
  • Fadiga;
  • Desmaio (ou síncope).

Como é feito o diagnóstico para tratar a fibrilação dos átrios?

Como sempre na cardiologia, o diagnóstico é construído com base na história e exame clínico. Com isso, é muito difícil não pensar na hipótese diagnóstica de fibrilação atrial, pois os sinais no exame físico e os sintomas são muito típicos e fáceis de perceber.

A confirmação diagnóstica é feita através do eletrocardiograma de repouso por vezes no Holter, principalmente nos casos de fibrilação atrial intermitente ou paroxística. Para tratar a fibrilação dos átrios adequadamente, fazer o diagnóstico preciso é fundamental.

Qual é o prognóstico da fibrilação atrial?

Apesar de não ser uma arritmia perigosa per se, a fibrilação atrial está associada à maior incidência de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e mortalidade. Essa arritmia, geralmente não está diretamente associada à morte súbita, ou seja, possui um caráter benigno na sua apresentação, no entanto, requer cuidados específicos, pois suas consequências secundárias podem ser danosas.

Em pacientes com insuficiência cardíaca a fibrilação atrial é considerada um fator de risco independente de morbimortalidade.

Como é feito o tratamento de fibrilação atrial?

O tratamento de fibrilação atrial deve ser baseado de acordo com algumas classificações amplamente conhecidas. Aguda ou crônica, estável ou instável, paroxística ou persistente. De acordo com esses conceitos, o tratamento da condição é executado da melhor maneira. Dependendo dessas e outras nuances definem-se as estratégias de como tratar a fibrilação atrial. As ferramentas utilizadas na prática clínica são:

  • Controle de frequência cardíaca: A maioria dos casos de fibrilação atrial se apresentam com a frequência cardíaca elevada. O controle da frequência com medicamentos é uma das condutas principais ao tratar a fibrilação dos átrios. Muitas vezes, somente o controle da frequência é o suficiente para a reversão da fibrilação atrial.
  • Reversão do ritmo: O ritmo na fibrilação atrial é totalmente desorganizado e por definição o ritmo sinusal (normal) não predomina. Medicamentos antiarrítmicos podem ser utilizados no tratamento de fibrilação atrial para a reversão da arritmia e reestabelecimento do ritmo sinusal. Outra estratégia para a reversão do ritmo alterado em ritmo sinusal é a cardioversão elétrica, também conhecida por “choque no peito”. Esse procedimento, realizado com o paciente sedado, é seguro, eficaz e possui alta taxa de sucesso.
  • Anticoagulação: A fibrilação atrial tem o potencial de formar coágulos dentro do coração. Essa é uma das consequências mais danosas dessa arritmia pelo fato disso ser causa de acidente vascular cerebral e de outros modelos de oclusão arterial aguda, que são eventos muito graves. Dito isso, todos os pacientes com fibrilação atrial devem ser submetidos à estratificação do risco de tromboembolismo. A anticoagulação é a melhor medida de prevenção de fenômenos embólicos causados pela FA e deve ser parte do tratamento da fibrilação atrial.
  • Ablação por radiofrequência: a ablação da fibrilação atrial é um procedimento possível no tratamento de fibrilação atrial e que deve ser utilizada em casos selecionados. Nesse procedimento é feito o isolamento das 4 veias pulmonares, local conhecido por disparar impulsos elétricos deflagradores da fibrilação atrial.

Para o melhor tratamento de fibrilação atrial, quanto antes o paciente buscar o cardiologista, menor é o risco de complicações e melhor será o resultado. Caso tenha restado alguma dúvida, entre em contato conosco e agende uma consulta.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC);

Hospital Israelita Albert Einstein;

Revista Saúde – Matéria publicada em junho de 2019;

Condutas Práticas em Cardiologia, Manole 2010

Em casos de emergência        (11) 95960-9698