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Ultrassonografia em repouso para identificar extra-sístole ventricular

Os sintomas da extra-sístole ventricular são identificados pelos pacientes pela sensação de palpitação ou de falha nos batimentos cardíacos. Essa sensação ocorre devido ao batimento extra e prematuro dos ventrículos antes da ocorrência de um batimento cardíaco normal.

Outros sintomas possíveis da extra-sístole ventricular são:

  • Fraqueza;
  • Tontura;
  • Desmaio (síncope).

Entretanto, muitas vezes a extra-sístole ventricular é assintomática, sendo identificada apenas em uma consulta de rotina por um cardiologista.

Um dado relevante é que pessoas com coração normal podem ter extra-sístole ventricular. Contudo, é fundamental a avaliação cardiovascular com anamnese e exame físico, eletrocardiograma e alguns outros exames complementares. Nesse sentido, definimos se a extra-sístole ventricular possui característica benigna, maioria dos casos, ou fazem parte de um cenário mais complexo de cardiopatia estrutural.

Extra-sístole ventricular em pessoas sem cardiopatia estrutural

Nesse grupo, a extra-sístole ventricular tem um comportamento benigno na maioria das vezes. Em caso de densidade baixa (menos de 20% de extra-sístole em 24hs) e ausência de sintomas exuberantes, o tratamento medicamentoso é controverso e a tendência é para seguimento não medicamentoso, orientando os pacientes sobre medidas comportamentais e nutricionais que têm impacto na redução da incidência da extra-sístole, como restrição de alimentos com alto teor de cafeína, derivados da anfetamina, taurina, bebida alcoólica, etc.

Extra-sístole ventricular em pacientes com cardiopatia estrutural

Determinar a característica da extra-sístole ventricular, sua densidade nas 24hs, sua morfologia e a associação com taquicardia ventricular é de extrema importância na determinação do prognóstico desses pacientes.

Frequentemente, além do tratamento específico da cardiopatia, tratar diretamente a extra-sístole e as arritmias associadas é fundamental na redução do risco de deterioração da função ventricular e sobretudo do risco de morte súbita. Por vezes, estudo eletrofisiológico para ablação por radiofrequência é uma ferramenta necessária.

Como se faz o diagnóstico da extra-sístole ventricular?

O diagnóstico é feito através de anamnese e exame físico. O paciente menciona o sintoma de palpitação e na palpação dos pulsos e na ausculta cardíaca conseguimos identificar a extra-sístole.

Registro de exames de uma extra-sístole ventricular

O eletrocardiograma de repouso diferencia a extra-sístole em ventricular ou supraventricular, além de ser possível identificar em qual ventrículo a extra-sístole é gerada. Já o Holter de 24hs nos mostra a densidade de extra-sístole ventricular e supraventricular que ocorreu nas 24hs do exame, além de poder identificar outras arritmias, bloqueios, variabilidade de frequência cardíaca e sinais indiretos de disautonomia.

Um dos detalhes importantes do Holter na avaliação da extra-sístole ventricular é correlacioná-la com as atividades realizadas no dia do exame, com o período do sono e com eventuais sintomas.

Qual é o tratamento da extra-sístole ventricular?

O tratamento da extra-sístole ventricular em pessoas sem cardiopatia estrutural e sem doenças associadas que aumentam sua incidência, como, por exemplo, as doenças da tireoide, é baseado na densidade nas 24 horas e nos sintomas. Pacientes com densidade menor de 20% em 24hs e assintomáticos não necessitam de tratamento específico, somente ajuste de hábitos e algumas restrições alimentares como citado acima.

Para os pacientes com densidade de extra-sístole ventricular maior que 20% nas 24 horas e/ou em caso de sintomas que comprometem a qualidade de vida, o tratamento medicamentoso está bem indicado. Medicamentos antiarrítmicos como os betabloqueadores, os bloqueadores do canal de cálcio, os bloqueadores dos canais de sódio e os bloqueadores dos canais de potássio são opções terapêuticas. Associar magnésio também pode ajudar de acordo com trabalhos recentes.

Em caso de doenças associadas e/ou cardiopatia estrutural sempre tratar a causa de base. O tratamento invasivo com ablação por radiofrequência, é uma ferramenta utilizada na minoria de casos individualizados.

Demais peculiaridades do tema

As extra-sístoles ventriculares dividem-se em tipos, sendo eles: monomórticas ou polomórticas; isoladas ou pareadas; bigeminadas; trigeminadas ou quadrigeminadas. Através da avaliação minuciosa dos pacientes com extra-sístole ventricular,com base em todos esses detalhes citados ao longo do texto, é possível tomar a conduta mais adequada para cada caso.

Apresenta algum dos sintomas da extra-sístole ventricular? Agende uma consulta com um cardiologista particular de sua confiança e verifique a causa da condição.

Fontes: Jornal Brasileiro de Arritmias Cardíacas;

Ministério da Saúde;

Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac).

Em casos de emergência        (11) 95960-9698