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Imagem ilustrativa de um infarto agudo do miocárdio

Imagem: Shutterstock

O infarto agudo do miocárdio é uma das doenças que mais matam no mundo. É considerada como um grande problema de saúde pública. Os gastos elevados e o potencial de retirar pessoas economicamente ativas do mercado de trabalho, por morte ou por invalidez, preocupam as autoridades públicas, sendo as medidas preventivas o foco principal de intervenção quando discutimos os aspectos do infarto.

O que é infarto agudo do miocárdio?

A morte de parte do músculo cardíaco devido à interrupção aguda do fluxo de sangue para determinada região do coração define o infarto agudo do miocárdio. A interrupção do fluxo de sangue ocorre com a obstrução aguda da artéria (coronária) que leva sangue para o músculo cardíaco. Há diversas causas de obstrução aguda das coronárias, sendo a mais comum delas a formação de um coágulo dentro dela devido à ruptura de uma placa de gordura localizada na parede do vaso. Diferentemente do que a grande maioria das pessoas leigas pensam, a obstrução aguda da artéria não se dá devido ao crescimento da placa de gordura até obstrução total da artéria e sim após essa placa se romper dentro da artéria e em cima da ruptura forma-se um coágulo que obstrui a luz do vaso. Com a obstrução do vaso, o fluxo de sangue é interrompido e aquela região que depende desse sangue com oxigênio, entra em sofrimento (isquemia) pela falta dele e se nada for feito ocorre a morte (necrose) dessas células, caracterizando o infarto agudo do miocárdio. Existem diferentes causas de obstrução aguda das coronárias como espasmo, embolia, dissecção, entre outras, porém na grande maioria das vezes nos deparamos com o mecanismo citado acima.

A principal manifestação clínica do infarto é a dor no peito. Classicamente é caracterizada por uma dor em aperto, irradiada para a mandíbula e para o braço esquerdo além de poder estar associado a náuseas e sudorese. O principal exame diagnóstico é o eletrocardiograma. Os marcadores de necrose do músculo cardíaco podem ser dosados no sangue e auxiliam no diagnóstico.

Atualmente, o conhecimento dos mecanismos envolvidos no infarto agudo do miocárdio é extenso e isso possibilitou, ao longo das últimas décadas, um avanço no tratamento dessa doença, com redução importante da morbi-mortalidade. Entretanto, a prevenção é o foco e para isso devemos concentrar os esforços. Devemos eu disse ! Ou seja, há necessidade de uma parceria fiel na relação médico-paciente, o que é fundamental no controle dos fatores de risco e na promoção da saúde. Seguimento clínico, bons hábitos de vida, atividade física regular, controlar o diabetes, combater a pressão alta, reduzir os níveis de colesterol e triglicérides, não fumar e ser aderente ao tratamento orientado pelo médico, são medidas eficazes na redução do risco de um evento cardiovascular como o infarto. Costumo falar que o tratamento do infarto começa na sua prevenção, em evitar que ele ocorra, pois em muitas vezes não temos a oportunidade de oferecer os recursos atuais. Cerca de metade doas pessoas que infartam não chegam ao Hospital com vida para receber o tratamento. Mais um exemplo que alimenta o famoso ditado popular “melhor prevenir do que remediar”.

 

Em casos de emergência        (11) 95960-9698