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Se você recebeu o diagnóstico de insuficiência cardíaca, fique tranquilo. O tratamento é eficaz e visa combater a evolução natural da doença, assim como garantir a melhor qualidade de vida possível. Na prática, reduzir o número de internações é um dos objetivos principais.

  • O que é insuficiência cardíaca?

    Podemos definir a insuficiência cardíaca como uma síndrome clínica composta por diversos sinais e sintomas, basicamente ocasionados pela incapacidade do coração em atender as necessidades metabólicas do organismo. Problemas cardíacos estruturais, que comprometem a oferta de oxigênio ao organismo, são os principais responsáveis por esse desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio.

    Entretanto, algumas condições clínicas – como por exemplo, o hipertireoidismo e a anemia importante – elevam a demanda metabólica do organismo, exigindo do coração estruturalmente normal um trabalho aumentado que pode ser insuficiente.

  • Principais causas da insuficiência cardíaca

    No Brasil, as principais causas de insuficiência cardíaca são as doenças que afetam a estrutura do coração, ou seja, comprometem a oferta de oxigênio ao organismo. Destacam-se as doenças isquêmicas do coração, sendo o infarto do miocárdio o exemplo principal, a hipertensão arterial e a doença de Chagas. Contudo, vale lembrar de outras causas importantes como o álcool, as miocardites (inflamação do músculo cardíaco, geralmente de causa viral), as doenças congênitas, os problemas valvares, entre outros.

  • Sintomas da insuficiência cardíaca

    O sintoma principal da insuficiência cardíaca é a falta de ar. Geralmente ela se apresenta de forma progressiva ao longo da evolução natural da doença, manifestando-se inicialmente aos grandes esforços, como subir alguns lances de escada e ter que parar para pegar o ar, evoluindo para esforços menores, até a falta de ar ser gerada aos mínimos esforços, como tomar banho, amarrar o calçado, vestir-se e ao deitar-se.

    Nas fases avançadas, a própria gravidade já é um desafio ao funcionamento do coração, sendo muito comum os pacientes com insuficiência cardíaca dormirem com mais de um travesseiro e/ou acordarem à noite com sensação de sufocamento e ávidos por ar. Tosse seca, cansaço, fadiga e inchaço das pernas são sintomas frequentemente manifestados pelos pacientes.

  • Diagnóstico da insuficiência cardíaca

    O diagnóstico da insuficiência cardíaca é obtido através da história do paciente e pelos dados do exame físico, embora os exames complementares sejam fundamentais para a complementação do quadro, principalmente na definição da causa e do grau de comprometimento do coração. Frequentemente solicitamos na avaliação da insuficiência cardíaca os seguintes exames: eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiograma, Holter de 24 horas, exames de sangue. Cateterismo, ressonância magnética e estudo eletrofisiológico são ferramentas utilizadas em casos específicos.

  • Tratamento da insuficiência cardíaca

    O tratamento da insuficiência cardíaca está muito avançado atualmente. O conhecimento dos mecanismos que levam o coração a alterar sua estrutura ao sofrer algum dano nos possibilitou atuar especificamente em cada um desses mecanismos atrasando a evolução natural da doença e melhorando o prognóstico. Medicamentos agindo em conjunto são capazes disso e já provaram reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida do paciente com insuficiência cardíaca. Além disso, o uso de marca-passos específicos, desfibriladores implantáveis e até mesmo o transplante cardíaco são realidades em nosso país e ferramentas importantes no tratamento de casos mais graves.

    Ainda há um mundo de informações sobre a insuficiência cardíaca, porém o mais importante é que na maioria das vezes ela pode ser prevenida evitando-se ou controlando as doenças que a causam. Quem está ligado e preocupado em promover a saúde já começou a prevenção da insuficiência cardíaca e de muitas outras doenças!